Durante muito tempo em minha vida me orgulhei de não fugir à uma discussão, de não correr de uma encrenca, de não aceitar desaforo, de ruminar a vingança…  Me definia como cristão, mas não refletia o cristianismo em minha vida… continuava seguindo a Lei de Talião, o olho por olho, o dente por dente… A idéia de silenciar ou de ser agredido e oferecer a outra face, era um insulto à minha vaidade e me parecia algo inconcebível…

Mas Deus foi paciente comigo… Ao longo do tempo ele foi falando ao meu coração… iluminando meu pensar… transformando meu ser… Hoje, compreendo que o ódio alimenta o ódio… e o amor alimenta o amor…

Querer combater o mal com o mal, é tentar apagar uma fogueira alimentando sua brasa… Embora nossa revolta muitas vezes se justifique e seja compreensível, nossa ira acaba se tornando um fermento para que o mal cresça…

Só podemos combater o ódio e derrotar o mal com o amor…. Somente assim, romperemos o ciclo repetitivo de ações e reações de ódio que se confundem e se auto alimentam…

Qualquer animal pode reagir instintivamente e se tornar agressivo… mas somente ao homem foi dado o dom da compreensão para refletir e refrear-se…

O tempo que perdemos em reagir, combatendo ao ódio com o ódio, pode ser o tempo que esteja nos faltando para agir e semear o bem… Jesus tinha um tempo escasso entre nós e por isso precisava ser eficiente… Ele nos ensinou a combater o ódio semeando o amor… pois onde floresce o amor, não há espaço para que o mal germine…

Deixemos que o mal se autodestrua e morra por si… Coloquemos nossas vidas à disposição da obra de Deus… Não sejamos inertes nem iludidos… Não lutemos com as armas do ódio… Nossa batalha é espiritual… Defendamos a Palavra pela força da fé e pela persuasão do amor…  Sigamos o exemplo de Cristo, refletido na vida e nas palavras de Paulo – lutemos o bom combate. (B.J.Falcão)