Muita gente que crê em Deus, fica indignada com quem não crê… Eu não – e por dois motivos: primeiro, porque já fui descrente… Segundo, porque penso que crer não é uma opção, mas uma convicção íntima que temos ou não temos…

Apesar disso (e falo por experiência), é muito mais difícil acreditarmos em alguma coisa se ficamos fugindo dela… Assim como um relacionamento afetivo, um hobby ou uma ideologia qualquer só começam a fazer sentido e parte de nossas vidas quando nos aprofundamos, para crer em Deus precisamos ao menos dar-nos a chance de conhece-lo intimamente…

E mais uma vez recorro a memória de quando eu era cego para as coisas de Deus: Neste ponto você deve estar se dizendo e perguntando: Eu já sou uma pessoa boa… O que vai mudar minha vida crer ou não crer?

Bem – ainda falando de mim – afirmo sem sombra de dúvidas: não somos tão bons quanto achamos que somos… e ainda que sejamos muito bons, há sempre muito espaço para sermos melhores… Uma vida com Deus dá sentido à nossa existência, paz nos momentos difíceis, força para seguir e esperança de uma vida eterna…

E como já fui um “ateu praticante” (como costumo brincar),  sei que agora você está querendo me perguntar: Quem garante que existe outra vida após esta?

Bem, se você está esperando que eu vá dar a resposta que ninguém tem, caiu do cavalo… É por isso que acreditar nessas coisas se chama fé… E como nos ensina a Palavra: “ fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”

E você deve estar pensando: sou uma pessoa racional e isso tudo é muito subjetivo… Pois bem – apesar de sabermos que “caixão não tem gaveta” e que “não levamos nada desta vida” – muita gente insiste em acumular riquezas e acha isso racional…

Pois eu garanto que, apesar de ter medo do momento da morte (assim como tenho medo da picada, quando vou tirar sangue), a morte em si não me assusta… Não me assusta, porque sou grato pelos anos de vida… Não me assusta, porque creio na vida eterna e, portanto, vejo esta vida como uma passagem. Aliás, acho que a melhor definição é a do teólogo e filósofo francês, Padre Pierre Teilhard de Chardin: “Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual… Somos seres espirituais vivendo uma experiência humana…”

Por tudo isso, não perca mais seu tempo se questionando: crer ou não crer? Dê uma chance para que Deus e seu filho Jesus façam parte de sua vida… Viver com fé, nos livra do vazio existencial e nos dá a esperança que liberta do desespero de achar que tudo acaba ali, no momento de nossa morte física…

E já que os ateus gostam de se achar super-racionais, vamos ser francos: se eu estiver certo na minha crença, você vai viver melhor e morrer em paz… E na pior das hipóteses – se eu estiver enganado – você terá igualmente vivido melhor… e, se não houver nada depois, não vai fazer diferença… estaremos mortos mesmo…