Meu marido costuma dizer que a busca do conhecimento move o mundo e que o não questionamento, é a total estagnação. Ele diz: “ cada vez que encontro uma resposta, morre em mim a pergunta que me movia. ”

Creio que com Deus não seja diferente. A busca de inseri-lo em nossas vidas, passa por nossos questionamentos pessoais. Entretanto, há dois tipos de questionamento: aquele em que procuramos entender e aceitar os desígnios de Deus…e aqueles que são pura afronta por discordarmos de sua decisão soberana em nossas vidas.

Qual tem sido o seu questionamento a Deus? Sem dúvida, um dos maiores questionamentos que temos é: por que sofremos?

Nosso distanciamento (mágoa) para com nosso Pai, sempre deriva de uma experiência dolorosa e pessoal: a perda de um ente amado, um amor que não se concretizou, a perda de um bem material que havíamos conquistado, a saúde perdida… ou seja, o que tínhamos ou queríamos ter….. Isso responde por nossa mágoa.

Pela nossa vontade, as coisas que nos agradam deveriam ser eternas. E assim, como em uma crise de adolescência, nasce em nós a incompreensão dos “porquês”, a revolta, a raiva e, finalmente, a mágoa, uma ferida aberta, que não se fecha facilmente.

Quando não tratamos essas feridas, em um processo de amadurecimento, continuamos a nos afastar do Pai.

Com o amadurecimento, aprendemos que mais importante do que questionar, é sabermos qual a pergunta certa e a quem dirigi-la.

A pergunta que deveríamos dirigir a nós mesmos, é: por que nossas dores passadas continuam tão presentes em nós?

Para nos aproximarmos de Deus teríamos de fechar feridas com as quais já estamos acostumados, precisaríamos olhar nosso passado com “olhos de ver” e principalmente, com intenção de superá-lo.                                                    

O Homem teme mudanças. Mudanças implicam em determinação e esforço para remover de nosso presente coisas que pertencem a nosso passado. Retirar o baú de nossas dores e erros antigos, colocando-os no sótão de nossas lembranças. Ali, não serão apagados, mas não estarão o tempo todo, servindo de tropeço em nosso caminho. (Lú Dias Falcão – trecho de Campeando a Felicidade)