João perdeu dinheiro em um grande negócio… Cláudia, terminou um relacionamento… Vinícius perdeu a chance de fazer um doutorado na França… Renata perdeu a mãe para um câncer… Todos eles estão amargurados…

No primeiro momento, se perguntarão o que poderiam ter feito melhor para evitar a perda… Depois, responsabilizarão a vida… E, certamente, em algum momento, buscando explicações, encontrarão um culpado: Deus… Afinal onde Ele estava, permitindo que eu não me atentasse para os detalhes daquele negócio? Quando mergulhei nesse relacionamento? Quando perdi a bolsa de estudos? Quando permitiu que a doença levasse minha mãe?

E não pensem que me excluo,  dessa realidade…  Muitas vezes , pensei dessa mesma forma… Durante muito tempo, fui meu maior julgador, me achando um fracassado, a cada perda… Depois, responsabilizei de forma abstrata, a vida… até que finalmente, acabava sendo injusto para com nosso Criador…

Sempre procurando um responsável, no primeiro momento, apontamos nosso dedo acusador para aquele que está mais próximo de nós – nós mesmos… Depois, esvaziamos a culpa, responsabilizando o inevitável… e por fim, apontamos para o alto e culpamos a Deus.

Culpamos um Deus de quem duvidamos… um Deus tantas vezes esquecido… um Deus que nunca fez parte de nossas vidas, a quem nunca paramos para ouvir ou pedir orientação… um Deus a quem esquecemos de agradecer quando tudo vai bem e nos achamos autossuficientes…

João nunca agradeceu pelo sucesso nos negócios… Cláudia, nunca agradeceu pelos dias apaixonados… Vinícius nunca agradeceu pelos anos na Universidade… E, raramente, em 45 anos, Renata tirou um minuto de seu dia, para agradecer pela saúde e pela vida de sua mãe…

É incrível como somente enxergamos o poder de Deus em nossas perdas…. nunca em nossas vitórias diárias… Reflitamos sobre isso…

Hoje, eu quero fazer diferente e convido você a fazer isso comigo… Hoje, quero me ajoelhar e agradecer a Deus… agradecer pela minha vida, pela minha família, pelo meu trabalho, pelas pessoas que  amo…  Agradecer pelas graças alcançadas e pelas dores que me fortalecem… pelas conquistas que me alegram… e pelas derrotas que expõe minhas limitações, me reconduzindo à humildade…  Hoje, quero agradecer e pedir orientação em cada decisão, cada palavra, cada gesto… para que amanhã, não me sinta um fracassado, nem tenha que buscar um culpados… mas para que eu seja grato, aceitando que tudo (até o que não compreendo), é parte dos planos maiores do Pai para minha vida.