Páscoa não é dia do coelhinho, apesar de podermos sentar junto a alegria de nossas crianças , para provarmos – em família-delícias de chocolate. Enquanto comemos, em meio a alegria e gratidão do presente, converse com ela essa história:

“ Há muito tempo atrás um Deus muito poderoso resolveu criar o mundo: fez as águas que matam a sede, que limpam os corpos e que embelezam o mundo. Fez depois, a terra que fornece alimento, o tijolo das casas e o descanso do corpo. Fez os animais que caminham, voam e nadam, para dar vida…`a vida que primeiro criara.  Mas Deus sentiu-se só entre anjos e toda sua criação e; então resolveu criar o Homem e a Mulher para  se  tornar um Pai. Com eles conversava, após o trabalho. A eles ensinava a beleza do amor e da compaixão, que ele inserira em toda sua criação. Mas os filhos desobedeceram ao tempo do Pai, quiseram crescer rápido demais e se afastaram Dele e de seus ensinamentos. Mas o Pai, não abandonou seus filhos…

Por muito tempo corrigiu seus erros, lhes enviou seus melhores amigos, mas um dia, disse: eles verão o meu amor. E enviou seu filho mais querido, a um povo escravizado e menosprezado. Enviou-o como sempre fez, entre os menores, para mostrar sua grandeza e força. Enviou-o entre os mais pobres, para nos ensinar que nada falta aos que agem em seu caminho e propósito. Seu filho teve vários nomes: Jesus, o Nazareno; o Príncipe da paz, Deus conosco e o mais belo.. a Estrela da manhã…

Mas faltava algo, a prova de que por melhores homens e líderes que Deus enviara na terra, Aquele era o Messias, o ungido, o escolhido, o Sagrado entre todos os sagrados. E para isso ele sofreu mais dores que todos nós, para que ao sofrermos as dores do mundo não pudéssemos chegar ao Cristo e dizer: você não sabe o que sofri…O Pai ofereceu seu filho, para que quando um Pai perdesse o seu; não pudesse chegar a Ele e dizer: você não sabe o quanto dói ver um filho morrer. O Pai enviou seu filho mais amado, para que não pudéssemos dizer: prove que nos ama. O Cristo morreu com nossos pecados, para que não vivêssemos sofrendo amarguras, remorsos e culpas.  E mesmo na morte, suas últimas palavras representaram sua vida e sua origem: foram de amor e perdão… como toda sua existência.

Então, como já estava escrito, três dias depois o Príncipe do Amor ressuscitou, nos dando vida nova e o retorno ao Pai… Ele voltou aos que o haviam abandonado, aos que o haviam condenado, mas que nunca deixara de amar e perdoar. Por isso, ninguém o superou.  Por 40 dias, suas palavras não foram de ódio, mágoa ou reprovação, foram de ensinamento, de transformação, de compaixão e por fim nos disse: vá e conte ao mundo quem sou e o que fiz…

E isso, faço com você, meu filho, para que conte a seu filho ;e ao filho de seu filho…Podemos nos alegrar com um alimento, mas nunca esquecer, que hoje, renasceu o Filho do homem… Aquele cujo nascimento conta hoje, o tempo da história…  Graças a Ele, o  homem que não soube esperar o tempo de Deus,  hoje, pode chama-lo de Pai. Um Pai, cujo perdão se renova a cada manhã, porque uma estrela brilhou em nosso mundo… deixou de brilhar por 03 dias… para nunca mais se apagar.”  (Lú Falcão )