Felicidade com Deus tem sido uma realidade em nossas vidas. Enquanto no site, trataremos de assuntos relevantes com maior profundidade, esse blog estará voltado para pequenas lições do cotidiano, não menos importantes, mas de forma mais prática e acessível
Assistindo a um debate teológico, ouvi um dos participantes, dizer que “a filosofia é a ciência com a qual ou sem a qual, o mundo continuaria tal e qual”. Era o reverso da mesma medalha das muitas vezes que ouvi filósofos ateus tratarem a teologia com desprezo. Penso que toda reflexão é válida e que, fé e ciência, podem e devem coexistir em nossas vidas.
Filosofia é reflexão sobre nossa vida terrena; Teologia, a reflexão sobre as coisas de Deus. Refletir sobre o mundo ou decorar doutrinas, em si, tem pouco valor se não alteram nossa existência. A filosofia, assim como a teologia, deve nos conduzir a transformações pessoais e à ação. Refletindo sobre isso, criei para mim, o “princípio da utilização do conhecimento”. Por esse “princípio pessoal”, qualquer conhecimento adquirido tem que ter uma “utilização”. (Observe que uso da palavra “utilização” e não “utilidade”. Para diferenciá-las criei, na cabeça, uma imagem maluca, baseado na grafia de ambas: “utilização” me lembra útil + ação, já que exige aplicação prática… e “utilidade”, me remete a útil + vaidade: o conhecimento que não se partilha, à serviço exclusivo da satisfação do meu ego, ou seja, “o conhecimento pelo conhecimento” que diferencia o teórico do prático… o filósofo do sábio… o teólogo do cristão…
Meditar sobre o mundo, sem uma postura crítica e ações participativas, é algo vago; da mesma forma, estudar a Palavra e não aplicar seus conceitos, é a aceitação de uma fé oca.
Filósofos que não contribuem para a transformação do pensamento e da sociedade, são como réplicas de “O Pensador” de Rodin, em eterna postura de reflexão, sem nada produzir. Da mesma forma, o cristão sem obras. Se Cristo é o modelo, temos que nos atentar para o fato de que ele estava sempre agindo no meio do povo: ensinando, curando… nunca de forma estéril, debatendo as escrituras com os doutores da lei, nas sinagogas.
Veja o que nos ensina a Palavra em Tiago 2:14 e 17 – “Meus irmãos, que interessa se alguém disser que tem fé em Deus e não fizer prova disso através de obras? Esse tipo de fé não salva ninguém…a fé, se não se traduzir em obras, é morta em si mesma.”
A filosofia e a teologia só são válidas quando geram transformação e produzem uma ação… O “pensar sobre as coisas”, nos mostra o rumo… mas o caminho se faz no andar… A filosofia nos desafia a caminhar coletivamente, como sociedade… A teologia, nos convida a caminhar unidos, como irmãos… E assim, nossa natureza humana e nossa essência divina, seguem juntas, lado a lado… Este é meu norte e, se você se dispuser a um primeiro passo, a gente vai acabar se encontrando por aí… como cidadãos do mundo… como irmãos… (B. J. Falcão)
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