Felicidade com Deus tem sido uma realidade em nossas vidas. Enquanto no site, trataremos de assuntos relevantes com maior profundidade, esse blog estará voltado para pequenas lições do cotidiano, não menos importantes, mas de forma mais prática e acessível
Sempre fui fascinado por história, pois acredito que ela tem muito a nos ensinar, evitando que a humanidade repita antigos erros.. Recentemente, estive em Herculano e Pompéia, sítios arqueológicos ao sul da Itália. Essas duas cidades romanas, foram destruídas em 79, d.C, pela erupção do Vesúvio. No local, impressionam algumas réplicas de pessoas mortas pela lava ou soterradas pelas cinzas que cobriram as cidades. No audioguia, enquanto se visita as ruínas, pode se ouvir trechos da carta de Plínio – o Moço, narrando a tragédia:
“Dificilmente podíamos ver as coisas; parecia noite, como num lugar fechado e sem luz. Em Pompeia, a chuva de pedras já durava pelo menos 12 horas e, praticamente, toda a cidade estava soterrada embaixo de 20 metros de rochas incandescentes e cinzas… Alguns lamentavam seu destino e outros rezavam. Podiam-se ouvir os soluços das mulheres, o lamento das crianças e os gritos dos homens…. “
O mais inacreditável, foi saber que a erupção durou DOIS DIAS. No primeiro dia, houve um forte abalo e o vulcão expeliu grande quantidade de fumaça. Apesar disso os moradores do lugar prosseguiram com suas vidas normalmente, como se nada estivesse acontecendo. Na manhã do dia seguinte (24 de agosto), a erupção iniciou-se, destruindo as duas cidades e matando cerca de 16 mil pessoas…
Fiquei pensando como é que não evitaram essas mortes, afinal havia claros sinais da catástrofe…. Lembrei-me então, da inscrição que vira na entrada da casa de Sírico, um eminente morador de Pompéia, pertencente a classe política e comercial do lugar: “SALVE LVCRV” ou “SALVE O LUCRO”. No átrio das ruínas de sua antiga residência, o mosaico, permanece como uma carta atemporal, um aviso sobre as consequências da imprudência e um alerta sobre quais os valores que escolhemos para reger nossas vidas.
Que essa narrativa, sem viés político, mas de conteúdo histórico, nos sirva de reflexão, para que não tenhamos que escutar, como Plínio, o soluço das mulheres, o lamento das crianças e o grito dos homens… Que nosso coração sirva de abrigo a nossos semelhantes e que nele esteja gravado para sempre “SALVE VITAE” ou “SALVE A VIDA”. (B.J. Falcão)
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